segunda-feira, 27 de julho de 2015

O nosso casamento #1

Comecemos então com os preparativos...

Na tarde do dia anterior foi a altura de tratar da manicure e da pedicure. A Maria que é a minha priminha e foi a menina das flores é que escolheu as cores dos vernizes para as unhas.  A miúda passa muito tempo enfiada no cabeleireiro dos pais, logo percebe daquilo a potes! Ficou contentissima por tal responsabilidade. E não é que fez excelentes escolhas!? Adorei!
No final da tarde do mesmo dia  fomos ver como tinha ficado a decoração da igreja e deixar os missais que foram elaborados por nós. "Uau!", foi a primeira coisa que dissemos assim que entramos à porta. Só me apetecia chorar de tanta alegria. Afinal foi um ano a planear, preparar, organizar (e vá a beber vinho Mundus branco e rose para guardar as garrafas)... Já não queria sair de lá! Assistimos à última missa  do dia e só saímos quando todas as pessoas foram embora, para termos a certeza que ficava tudo direitinho como estava e para contemplar mais um pouco tamanha beleza. E ainda ouvimos os conselhos da Irmã Filomena, que apesar de ser freira diz muitas coisas sábias a cerca da vida em casal!
Chegou a parte do dia mais difícil: a noite. Passamos a semana inteira a dizer que no dia anterior ao casamento tínhamos de ir para a cama cedo e fomos. Agora conseguir adormecer é que foi outra história. À uma e meia da manhã liguei ao André que andava às voltas na cama, tal como eu. Foi então que decidimos que o melhor era tomar qualquer coisa para ajudar a relaxar. Só me arrependo de não o ter feito mais cedo! Depois de ter enfiado o comprimido debaixo da língua, dormi que nem um anjinho.
Acordei pelas oito com a minha mãe a dizer: "eiii chegou o grande dia!" Esboçou um sorriso enorme e deu-me um abraço forte, daqueles dos bons! Respirei fundo e controlei as lágrimas. Não conseguia acreditar que já tinha chegado o nosso dia!
Tomamos o pequeno-almoço calmamente e o meu irmão iniciou o trabalho de motorista. Deixou a namorada no cabeleireiro. Voltou a casa para ir me buscar e fomos com a nossa mãe à florista levantar os bouquets, grinaldas, corsages e afins. Estava tudo um mimo e muito mais bonito do que aquilo que pedi e imaginei. Quando entrei na loja a senhora olhou espantadissimia para mim e disse: "Não é noiva, pois não!?" Parece que é suposto as noivas passarem a manhã no cabeleireiro. Mas, não foi o meu caso! A minha tia Patrícia, que é a minha cabeleira desde sempre, fez-me o penteado sem grandes stresses. A grinalda de flores naturais foi colocada mais tarde, já na minha casa. Estava na dúvida se a usava ou não, mas depois de me olhar ao espelho... Tinha mesmo de ser, estava deslumbrante!
Pelas 11h30 já estava em nossa casa, prontinha e à espera das minha queridas amigas. A make up artist Jo, a Adri e os respetivos maridos chegaram já passava do meio dia e aí confesso que tive um chilique. Pela primeira vez ouviram-me a gritar: "Vou vos matar!!" Alguns minutos depois voltei ao meu estado de serenidade que tanto me carateriza e pedi-lhes desculpa 500 vezes. Posto isto a minha amiga Adri, trabalhadora que só ela, meteu mãos à obra e preparou os cones com as pétalas e o arroz. A Jo apelou aos Deuses da make up e saiu tudo perfeito (eu e a minha mãe ficamos lindas... Obrigada Jo! You're the best!) e a tempo da chegada do fotógrafo. Ahh e ainda deu para comer um rissol, meia sandes de queijo e beber um sumo.
Por falar em fotógrafo, a pessoa que contratamos inicialmente (há quase um ano) para fazer a reportagem fotográfica, no dia anterior mandou-me um sms a informar que por motivos de pessoais e de saúde não poderia estar presente. Excelente profissionalismo, sem dúvida! Arranjou outra pessoa em substituição que apesar de ser muito querido e simpático a sua experiência em casamentos era zero. Estamos ansiosos pelo resultado final!
A minha amiga Fifi chegou tarde,como sempre, mas ainda assim a tempo da sessão fotográfica com as amigas e a madrinha. Como castigo teve que me colocar a liga na coxa!
Houve qualquer coisa que se descoseu no meu vestido de noiva, que estava um sonho de tão lindo, mas como tinha a costureira em casa (a minha querida mãe, que foi quem o confeccionou), o problema foi resolvido num instante.
Entretanto foram chegando as crianças (Maria, Leonor, Lourenço, Santiago e Bernardo), que estavam uns príncipes e umas princesas. O Lourenço (o menino das alianças) vinha quase a chorar. "Estou muito nervoso", dizia ele! No dia anterior caiu no campo de férias e esfolou o joelho e segundo ele isso não podia ter acontecido, porque ficava mal pois tinha um "casamento importante". Coitadinho!
Vivia-se um azáfama total na nossa casa. Eram chamadas do estrangeiro de familiares que não poderam estar presentes, mas que a todo o custo queriam desejar felicidades e que quase me borravam a make up!
Fotos para aqui, fotos para ali...
Os homens (sob supervisão das mulheres, claro!) a colocar as flores nos carros e eu de varanda a dar indicações, enquanto a Jo dava os últimos retoques na maquilhagem.
Saímos todos da nossa casa às 14h30, para que não houvesse qualquer atraso. O meu objetivo era chegar a igreja antes das 15h00 e ia conseguir, não fosse um pequeno  percalço!

Amanhã há mais casamento para contar...