sábado, 8 de agosto de 2015

O nosso casamento #3

Lá fomos nós tirar fotografias para o jardim. Escolhemos a Quinta Magnólia, por ter um relvado bem verdinho e um arco trabalhado em ferro, com uma buganvília em volta. Super romântico! Mas o calor era imenso, não aguentamos muito tempo e o que mais queríamos era despachar aquilo. Fizemos as fotos que tínhamos para fazer e fomos embora com destino ao segundo spot fotográfico: a zona velha da cidade (que na verdade não pusemos lá os pés). Estivemos a dar umas voltas  de carro pelo centro do Funchal e foi sensacional. Turistas e não só (até os trolhas) acenavam-nos, desejavamm felicidades e fotografavam-nos, inclusive chegamos a parar uma vez para um selfie com um casal que estava a passear pela rua. Andamos nisto mais de meia hora. Conclusão: estava na hora de ir para o copo de água.
Saímos do nosso carro e entramos no autocarro. Os miúdos estavam eufóricos, de pé em cima dos bancos a cantar em coro: "É festa!  É festa!". Ganhei o dia!
Primeiro houve uma receção na entrada da fortaleza, onde brindamos com champanhe e trincamos macarrons de morango. À medida que as pessoas iam chegando e elogiavam a missa, o coro, a decoração da igreja, entre outras coisas, a nossa felicidade ia crescendo! Tudo estava a valer a pena...
Em seguida passamos ao pátio intermédio da fortaleza, com vista para a baía da cidade, para o cocktail. Foi lindo! Tiramos fotos em grupo, bebemos, brindamos, comemos, asneiramos... Já disse que bebemos!? Não podiamos estar mais felizes. Família e amigos reunidos num dia de sol, junto ao mar, num sítio mágico...
Passado uma hora / hora e meia fomos para a tenda onde foi servido o jantar. A nossa entrada foi acompanhada de uma parada de fogo, ao som da música da série The Game of Thrones (que toda as pessoas vêm, menos eu). Durante o jantar, o meu primo Gonçalo, de doze anos apenas, cantou uns fados acompanhado de dois guitarristas. O João e a Patrícia (do coro) anunciaram o casamento para o próximo ano e convidaram o André para padrinho. Mais uma festa!!
A comida estava deliciosa, mas realmente é praticamente impossível os noivos conseguirem comer sossegados. Levantamo-nos umas 1500 vezes, mas todas por boas causas.
Não vou esquecer a fofinha da Emília (filha de um casal amigo) que achou tanta piada à noiva e passou o jantar a tocar no meu vestido e a pedir para dançar comigo... Lá dançamos.
Acabado o jantar, regressamos todos ao pátio intermédio para o corte do bolo, que estava magnífico, e ao som dos Coldplay (Sky Full of Stars) foram acesos 100 sparkles. Mais um momento "Uau!"
Chegou à hora de abrir a dança e nós já trocavamos as pernas pela quantidade de álcool ingerida, mas até nem correu mal. O André ainda fez um ou dois lifts, inspirado pelo Dança com as Estrelas (quase um Pedro Teixeira).
Os nossos familiares e amigos são cá uns festeiros. Dava gosto de ver tudo a dançar.
No momento da liga o André comportou-se bem, não asneirou e foi rápido. Lá entre os rapazes combinaram que quem agarrava a liga era o meu irmão. E assim foi, mas a tarefa foi difícil porque um miúdo de 13 anos decidiu dar luta.
Em vez de atirar o meu bouquet às solteiras (que foram enganadas) entreguei-o à Rita (a namorada do meu irmão). Surpresa! Ela não estava nada à espera, ainda mais quando se virou para trás e o meu irmão estava de joelhos e com um anel na mão. Pois é, mais um  casamento para breve! Tirando 3 ou 4 cúmplices, ninguém sabia de nada e foi tão giro de se ver.
Depois de tantas emoções começou a hora louca! Foi mesmo para a desbunda: eram plumas, máscaras, óculos, acessórios para cabelo, apitos e muita risada. Podemos repetir!?
Fui ao ar por duas vezes (vi a minha vida a andar para trás), o André uma e o pai dele outra. Inesquecível!
A noite acabou com os resistentes de sempre, que por indicação do DJ fizeram um círculo connosco no centro e pronto... "MOCHE AOS NOIVOS!"
Tal como em todas as outras noites, fomos de táxi para a nossa casa. E tal como em todas as outras noites, o André fez amizade com o taxista.  Ahh e não dormi de vestido (nem foi preciso pedir ao taxista, o marido deu conta do recado).

Posso dizer que tive o casamento com que sempre sonhei. Faria tudo de novo e da mesma forma, sem mudar nada!
E o melhor marido do mundo quem tem sou eu...

sábado, 1 de agosto de 2015

O nosso casamento #2

A ida para a igreja...
Escolhemos o percurso da nossa casa até à igreja a pensar no meu penteado, uma vez que o carro era descapotável, mas esquecemos-nos de que o mini bus onde iam os acompanhantes era dos anos 20 e seria difícil resistir a tanta subida.
Estávamos mesmo, mas mesmo quase a chegar à igreja (eram 14h50 e eu feliz por não estarmos atrasados) e o mini bus decidiu avariar. Apesar de perto, ainda assim era longe para ir a pé até lá, afinal eram 5 crianças para controlar e 6 mulheres de saltos altos. Se não fosse o Diazepam que tinha tomado na noite anterior, ia ter o segundo chilique do dia. Em vez disso, ri-me e ri-me! Aproveitei a pausa para ir cumprimentando as pessoas que iam passando pela rua, enquanto isso o meu irmão ligava para alguém ir de carro buscar os acompanhantes. Tudo se resolveu! Quando entramos no adro da igreja já lá estavam todos alinhados. Às 15h10 estávamos prontos para entrar na igreja à espera que o João e a Patrícia começassem a cantar.  Aí caiu-me a ficha de que já estava na hora! Gostei tanto de fazer aquele pequeno percurso com o meu irmão e de ver a quantidade de pessoas que lá estava.
Pelo caminho o véu prendeu no chão, fiz uma paragem forçada e a mãe da Adri foi me socorrer (Adri já sei a quem sais).
Para cada lado que olhava via alguém a chorar. O som da Ave Maria de Schubert era cada vez mais intenso e ia-me direitinho ao coração. Susti as lágrimas várias vezes...
Quando cheguei ao altar, estava o André lavado em lágrimas e uma vez mais o meu coração ficou tão apertadinho, mas imensamente feliz! Sussurrou-me ao ouvido um "Eu amo-te! Estás linda!" Ui! Breathe in breathe out, uma vez mais...
O senhor Padre entrou e veio nos cumprimentar e a primeira coisa que fiz foi pedir desculpa pelo atraso. Descansou-me, afinal não tinha sido assim tão grande.
A minha mãe que estava feita com o senhor Padre surprendeu-nos e ofereceu-nos uma bíblia, que foi benzida durante a missa.
O tio Vieira, a prima Morgana, a futura cunhada Rita e as amigas Adri e Jo ficaram responsáveis pelas leituras e adorei ouvi-los. Obrigada por terem aceite o convite (ok, alguns foram forçados)!
A parte em que estava realmente nervosa foi durante o rito do matrimonio, sobretudo quando a aliança do André achou de não lhe entrar no dedo. Estava tão nervosa que o senhor Padre disse duas ou três vezes para cumprimentar o André e eu não ouvi nada! Mas lá demos o primeiro beijo de casados, depois de tanta insistência.
Na hora da paz, chegou ao pé de mim a Aldora a desejar-me felicidades. Fiquei boquiaberta! Ora, mas quem é a Aldora neste mundo!? Pois bem, na despedida de solteiro do André, a rapaziada foi para uma festa popular em Santana e conheceram a Aldora (uma senhora já idosa, mas sem papas na língua) que andou para cima e para baixo com eles. E pelo que me chegou aos ouvidos até beijos no pescoço ouve! Parece que algum deles (bêbado) disse à Aldora o dia, hora e local do nosso casamento. Então a Aldora decidiu surpreender o André! Fixe, não é!? Ainda bem que ninguém deu essas informações aos polícias da minha despedida. Continuando...
Chegou outro momento importante para nós: a entrega do bouquet a nossa senhora, como forma de agradecimento. Aproveitei também para fazer um pedido: ser uma boa  esposa e uma boa mãe, tal como ela foi.
Toda a missa foi intimista e os cânticos lindos e com tanto sentido. Obrigada João e Patrícia!
Terminada a missa, tiramos algumas fotos, mas não muitas. Estávamos desejando era de ir lá para fora para beijar e abraçar toda a gente.
À saída não faltaran as pétalas de flores nem o arroz, que enfrentamos com os olhos abertos e com um grande sorriso. Também tínhamos as crianças (e não só,  não é Cláudio!?) a fazer bolinhas de sabão a todo o gás. Fantástico!
A meio de tantos beijos e abraços o véu acabou por cair, na verdade já estava na altura de fazê-lo.
Durante tudo isto o David esteve em contacto com o condutor do mini bus e lá a viatura voltou a funcionar,  levando a malta toda lá dentro. A descer era agora mais fácil!
O André que queria ter uma saída em grande pegou-me ao colo e meteu-me dentro carro. A coisa até correu bem. Metemos os óculos de sol e fizemo-nos à estrada...

Ainda há mais para contar, não percam o próximo episódio!