sábado, 1 de agosto de 2015

O nosso casamento #2

A ida para a igreja...
Escolhemos o percurso da nossa casa até à igreja a pensar no meu penteado, uma vez que o carro era descapotável, mas esquecemos-nos de que o mini bus onde iam os acompanhantes era dos anos 20 e seria difícil resistir a tanta subida.
Estávamos mesmo, mas mesmo quase a chegar à igreja (eram 14h50 e eu feliz por não estarmos atrasados) e o mini bus decidiu avariar. Apesar de perto, ainda assim era longe para ir a pé até lá, afinal eram 5 crianças para controlar e 6 mulheres de saltos altos. Se não fosse o Diazepam que tinha tomado na noite anterior, ia ter o segundo chilique do dia. Em vez disso, ri-me e ri-me! Aproveitei a pausa para ir cumprimentando as pessoas que iam passando pela rua, enquanto isso o meu irmão ligava para alguém ir de carro buscar os acompanhantes. Tudo se resolveu! Quando entramos no adro da igreja já lá estavam todos alinhados. Às 15h10 estávamos prontos para entrar na igreja à espera que o João e a Patrícia começassem a cantar.  Aí caiu-me a ficha de que já estava na hora! Gostei tanto de fazer aquele pequeno percurso com o meu irmão e de ver a quantidade de pessoas que lá estava.
Pelo caminho o véu prendeu no chão, fiz uma paragem forçada e a mãe da Adri foi me socorrer (Adri já sei a quem sais).
Para cada lado que olhava via alguém a chorar. O som da Ave Maria de Schubert era cada vez mais intenso e ia-me direitinho ao coração. Susti as lágrimas várias vezes...
Quando cheguei ao altar, estava o André lavado em lágrimas e uma vez mais o meu coração ficou tão apertadinho, mas imensamente feliz! Sussurrou-me ao ouvido um "Eu amo-te! Estás linda!" Ui! Breathe in breathe out, uma vez mais...
O senhor Padre entrou e veio nos cumprimentar e a primeira coisa que fiz foi pedir desculpa pelo atraso. Descansou-me, afinal não tinha sido assim tão grande.
A minha mãe que estava feita com o senhor Padre surprendeu-nos e ofereceu-nos uma bíblia, que foi benzida durante a missa.
O tio Vieira, a prima Morgana, a futura cunhada Rita e as amigas Adri e Jo ficaram responsáveis pelas leituras e adorei ouvi-los. Obrigada por terem aceite o convite (ok, alguns foram forçados)!
A parte em que estava realmente nervosa foi durante o rito do matrimonio, sobretudo quando a aliança do André achou de não lhe entrar no dedo. Estava tão nervosa que o senhor Padre disse duas ou três vezes para cumprimentar o André e eu não ouvi nada! Mas lá demos o primeiro beijo de casados, depois de tanta insistência.
Na hora da paz, chegou ao pé de mim a Aldora a desejar-me felicidades. Fiquei boquiaberta! Ora, mas quem é a Aldora neste mundo!? Pois bem, na despedida de solteiro do André, a rapaziada foi para uma festa popular em Santana e conheceram a Aldora (uma senhora já idosa, mas sem papas na língua) que andou para cima e para baixo com eles. E pelo que me chegou aos ouvidos até beijos no pescoço ouve! Parece que algum deles (bêbado) disse à Aldora o dia, hora e local do nosso casamento. Então a Aldora decidiu surpreender o André! Fixe, não é!? Ainda bem que ninguém deu essas informações aos polícias da minha despedida. Continuando...
Chegou outro momento importante para nós: a entrega do bouquet a nossa senhora, como forma de agradecimento. Aproveitei também para fazer um pedido: ser uma boa  esposa e uma boa mãe, tal como ela foi.
Toda a missa foi intimista e os cânticos lindos e com tanto sentido. Obrigada João e Patrícia!
Terminada a missa, tiramos algumas fotos, mas não muitas. Estávamos desejando era de ir lá para fora para beijar e abraçar toda a gente.
À saída não faltaran as pétalas de flores nem o arroz, que enfrentamos com os olhos abertos e com um grande sorriso. Também tínhamos as crianças (e não só,  não é Cláudio!?) a fazer bolinhas de sabão a todo o gás. Fantástico!
A meio de tantos beijos e abraços o véu acabou por cair, na verdade já estava na altura de fazê-lo.
Durante tudo isto o David esteve em contacto com o condutor do mini bus e lá a viatura voltou a funcionar,  levando a malta toda lá dentro. A descer era agora mais fácil!
O André que queria ter uma saída em grande pegou-me ao colo e meteu-me dentro carro. A coisa até correu bem. Metemos os óculos de sol e fizemo-nos à estrada...

Ainda há mais para contar, não percam o próximo episódio!

Sem comentários:

Enviar um comentário